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Tudo o que você precisa saber sobre o Everest Base Camp Trekking, no Nepal - Diário de Bordo 30 - 14


Imagine caminhar por vários dias em meio a algumas das mais altas montanhas do mundo, rumo ao acampamento base do monte Everest, o pico mais alto do planeta!


Vivemos essa aventura e foi simplesmente uma das maiores experiências de nossas vidas e, por isso, vamos compartilhar aqui como foram esses dias de imersão na natureza e na cultura Sherpa, o povo das montanhas nepalesas.


O Nepal é considerado um dos destinos de trekking mais populares do mundo, justamente por concentrar uma enorme quantidade de montanhas em meio a paisagens belíssimas. Sendo assim, antes de embarcar para o país, pesquise as opções e escolha o mais adequado ao seu perfil e àquilo que você busca. Nós escolhemos o Everest Base Camp, um trekking de aproximadamente 13 dias que tem como destino o acampamento base do monte Everest, a 5.350 metros de altitude.


Nossa primeira parada foi em Kathmandu, capital do país, para comprar alguns equipamentos que não tínhamos. Não se assuste pois você não vai precisar de nada de outro mundo, apenas leve em consideração que serão vários dias caminhando e que parte do trekking será feita em grandes altitudes, por isso prepare-se para vento e frio.


Veja a lista do que levamos (para cada um):


- Um par de tênis próprio para trekking já “amaciados” (sapatos novos podem machucar os pés, então não deixe para compra-los na última hora e certifique-se de que são confortáveis o suficiente para uma jornada como essa);

- Um par de sandálias para deixar os pés descansarem quando não estiver caminhando;

- Cinco pares de meias e dois de meias térmicas; - Dez calcinhas/ cuecas (não é sempre que você vai conseguir lavar e secar suas meias e roupas íntimas no caminho, então se quiser pode levar mais do que isso);

- Um par de calças leves; - Um par de calças impermeáveis/ corta vento; - Quatro camisetas;

- Um conjunto de segunda pele (calça e blusa); - Um fleece (segunda camada); - Um casaco impermeável/ corta vento;

- Um gorro, chapéu ou boné;

- Um par de luvas impermeáveis/ corta vento; - Um “paninho” para proteger o rosto ou esquentar as orelhas; - Óculos de sol; - Filtro solar e protetor labial; - Um liner de colocar dentro do sleeping bag (não levamos sleeping bag, mas o liner ajuda bastante a isolar do frio por debaixo dos cobertores); - Mochila própria para caminhada (as nossas de mochilão); - Protetor para a mochila e para tudo que estava dentro dela (se chover forte, a capa não será suficiente para manter suas coisas secas); - Snacks (chocolates, barrinhas de cereal e castanhas); - Garrafa de água (durante o percurso fomos enchendo a garrafa com água da torneira e usamos hipoclorito de sódio para purificar); - Pequena bolsinha de remédios (para dores, febre e algo de curativo. Levamos um tiger balm para aliviar as dores musculares e no caminho a Mari precisou de um Aciclovir pois o sol lhe rendeu uma herpes labial); - Lenços umedecidos (você passará vários dias sem tomar banho!); - Álcool gel; - Papel higiênico (dois rolos por pessoa); - Itens de higiene que você preferir (não precisa muito, já que banho não fará parte da rotina hehehe);

- Não levamos mas acabamos comprando no caminho dois baralhos, não tem muito para fazer nos lodges e alguns dias você vai passar várias horas à toa;

- Carregador USB solar (carregar equipamentos eletrônicos, quando possível, é cobrado à parte nos lodges);

- Câmera fotográfica com cartões de memória e bateria extra;

- Não é permitido usar o drone por lá, tivemos que deixar o nosso retido na entrada do parque nacional;

- Permissão de trekking, obtida no Centro de Turismo em Kathmandu (U$20 por pessoa);

- Dinheiro (não dá para usar cartões e não há ATM disponível depois de Namche Bazaar); - Maps.me, aplicativo de mapas off-line que serve como GPS e foi fundamental para nós, que não contratamos guia. Como optamos por fazer o trekking sem guia ou porter (carregador), o peso da bagagem era uma preocupação fundamental e levamos apenas o essencial mesmo.

Achamos que foi suficiente, apenas tivemos que usar a mesma roupa várias vezes, mas já estávamos sem banho mesmo, não é? O sleeping bag é um item que a maioria das pessoas leva mas nós não sentimos falta, os lodges sempre oferecem cobertor e nunca passamos frio durante a noite, pelo contrário, muitas vezes passamos calor.


Outro item importante é verificar se o seu seguro de viagem cobre esse tipo de atividade. Em nosso caso, montanhismo estava incluído até os 7.000 metros de altura, então estávamos tranquilos. Você pode contratar um seguro específico para esse trekking em Kathmandu, caso precise. Para tirar a permissão de trekking é mandatório estar segurado e você terá que informar os dados de sua seguradora.


Em Kathmandu existem centenas de lojas que vendem e alugam equipamentos e roupas para o trekking. Muitas têm preços muito bons, mas a qualidade é meio duvidosa. No entanto, para trekkings regulares como esse, acabam sendo suficientes. Se você não tem esse tipo de roupas, deixe para comprar lá pois os preços são bem mais atrativos que no Brasil.


O Percurso:

O Everest Base Camp Trekking começa no vilarejo de Lukla e para chegar lá você tem duas opções: de avião ou caminhando. No nosso caso, escolhemos ir de avião e voltar andando. A passagem custa cerca de U$150 por trecho, por pessoa e nós recomendamos pois o vôo é maravilhoso e você pousará no aeroporto considerado o mais perigoso do mundo. Histórico, não é?


Partindo de Lukla, esse foi o nosso itinerário: Dia 1: Lukla a Phakding Dia 2: Phakding a Namche Bazar Dia 3: descanso em Namche Bazar Dia 4: Namche Bazar a Tengboche Dia 5: Tengboche a Periche Dia 6: Periche a Tukla Dia 7: Tukla a Lobuche Dia 8: Lobuche a Gorak Shep e de Gorak Shep uma visita a Kala Pathar (view point) Dia 9: Everest Base Camp e início do retorno até Tukla Dia 10: Tukla a Phumki Thanga Dia 11: Phumki Tanga a Chhuthawa Dia 12: Chhuthawa a Khumbi la view Dia 13: Khumbi la view a Kharikola Dia 14: Kharikola a Taksindu Dia 15: Taksindu a Ringmu (+jeep até Phaplu, onde pegamos o Ônibus) No total, caminhamos 142 km.

O trekking foi intenso mas não exige que você tenha um super preparo físico. Nós não estamos tão acostumados a longas caminhadas e conseguimos fazer no tempo considerado “normal”. Também não é necessário ter um guia, os caminhos são bem demarcados e sempre tem bastante gente no caminho, sejam outros turistas ou os Sherpas que vivem nos vilarejos. Ir ou não com um guia e porter é mais uma questão de escolha do que necessidade.


A estrutura dos vilarejos varia bastante, sendo que os que ficam em altitudes menores têm mais estrutura e os que ficam em altitudes maiores são menores e não têm muito a oferecer. Em geral, o que você vai encontrar é um quarto básico, banheiro compartilhado (a maioria no estilo squat (um buraco no chão) e, algumas vezes, sem água encanada, usando o esquema baldinho para dar descarga, lavar as mãos e escovar os dentes) e um restaurante que serve comidas simples, mas gostosas.


Lembre-se que tudo por lá só chega no lombo de animais, através dos porters ou de helicóptero, portanto, não espere nada muito diferente e saiba que, quanto mais alto, os preços serão maiores.

Os cuidados com a altitude devem ser levados a sério. O recomendado é não avançar mais que 400 metros de altitude por dia e regressar se tiver sintomas de mal de altitude. Nós sentimos um pouco de dor de cabeça e redução no apetite quando estávamos a mais de 5.000 metros, mas nada preocupante. Além disso, a dificuldade na respiração pela escassez de oxigênio, principalmente durante a noite.


O retorno que fizemos caminhando acabou sendo a parte mais dura de toda a caminhada, acreditamos que em grande parte porque já estávamos bastante cansados, mas o caminho é bem duro, cheio de subidas e descidas que se intercalam com muita lama. No entanto, ali o clima já é menos frio e a altitude menor, o que ajuda a dar mais disposição.


Nesse trecho pudemos ter bastante contato com os pequenos vilarejos rurais, as pequenas chácaras com plantações e animais e observar o estilo de vida simples desse povo simpático e acolhedor.

Se tiver disposição, recomendamos fazer esses dias extras de caminhada. Para voltar a Kathmandu, pegamos primeiro um jeep e depois um ônibus. Ambos nos levaram por estradas muito ruins que contornam as montanhas e a viagem, apesar de não ser tão longa, leva um tempão. Vá preparado para uma experiência com muita adrenalina e paciência!


No total, considerando as passagens aéreas e terrestres e todas as despesas que tivemos durante a caminhada, gastamos U$29/ dia por pessoa, totalizando U$870 para o casal. Pelo que vimos, os pacotes oferecidos pelas agências de turismo não saem por menos de U$1.000 por pessoa, então fazer tudo por conta pode representar uma boa economia.


Caso tenha alguma dúvida ou precisar de mais informações sobre essa aventura, mande-nos uma mensagem e ficaremos felizes em compartilhar com você a nossa experiência.

Para ver como foram esses dias mágicos no Nepal, assista aos vídeos em nosso canal do YouTube.

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