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Dicas sobre a Patagônia


Patagônia é uma uma das regiões mais incríveis do planeta!


A Patagônia é uma região geográfica que envolve a parte mais meridional da América do Sul e engloba parte da Argentina e do Chile. Uma zona mítica e altamente procurada por viajantes do mundo inteiro em busca de cenários exóticos, esportes radicais e muito contato com a natureza.


Percorremos a Patagônia quase toda e resolvemos compilar algumas dicas para quem quer viajar por essa terra maravilhosa: Oficialmente, a região patagônica abrange, na Argentina, as províncias de Neuquén, Rio Negro, Chubut, La Pampa, Santa Cruz e Tierra del Fuego. No Chile são Valdívia, região de los lagos, Chiloé, Puerto Montt, as ilhas de Aisén e Magallanes e Tierra del Fuego.


Iniciamos nossa passagem entrando pela Argentina na cidade de Viedma (Rio Negro). Ali o clima ainda é quente (fomos no verão) e é possível se banhar no delicioso rio que corta a cidade de ponta a ponta. Essa foi uma cidade que nos surpreendeu, uma delícia estar por ali.

Nossa rota de descida até a terra do fogo foi feita prioritariamente pela Ruta 3, uma rodovia de 3060 km que é praticamente uma reta só! No entanto, aí depois de Viedma resolvemos seguir pela pequena Ruta 1, que vai até San Antonio Este pelo litoral. Um trecho de menos de 300 km que vale muitíssimo a pena! São praias e mais praias de tirar o fôlego, com paisagens super diferentes e, na maioria das vezes, desertas. Um dos lugares mais legais que conhecemos.


Voltando para a Ruta 3, o caminho não tem muitas novidades. A estrada está em ótimas condições e vai passando por várias cidadezinhas pequenas e razoavelmente estruturadas. Você encontrará supermercados e postos de gasolina em todas elas. Só tome cuidado para não dormir no volante e nem atropelar um guanaco. Parece brincadeira, mas esses são os maiores perigos quando se dirige nessa estrada.

Descendo um pouco mais você chegará na Península Valdez, uma área protegida que guarda uma grande diversidade de fauna e flora característica das estepes patagônicas. Para muitos esse é um dos lugares mais bonitos da Patagônia, mas para nós, sinceramente, não foi nada de mais. Enfim, vale o passeio e conferir com seus próprios olhos. Ali, coladinho à península, está Puerto Madryn, uma cidade grande e super turística que também é interessante e onde você poderá encontrar uma estrutura melhor na região.

A dica aqui é um pouco mais para baixo de Puerto Madryn, quando você passar por Trelew, faça um pequeno desvio para chegar até a cidadezinha de Gaiman. Ali se estabeleceu uma colônia gaulesa que conserva suas tradições até hoje e uma delas é a do chá gaulês. Trata-se de uma refeição servida com todo o requinte e composta de deliciosas guloseimas como pães, bolos e bolachas artesanais, acompanhados com chá, leite e muito charme. Você não vai se arrepender!


Baixando mais, seguindo a reta sem fim, começando a chegar mais ao sul do país, você começará a perceber a mudança no clima: mais vento e frio, dias suuuper longos (no verão) e secos, muito secos! Após dirigir até não poder mais por essa estrada infinita você chegará a Rio Gallegos, última parada antes de passar para a Tierra del Fuego e cidade com ventos fortíssimos (mesmo! Achei que iria ser levada em algum momento).


A passagem para a Tierra del Fuego só pode ser feita em balsa, a partir de Punta Delgada, um povoado bem no extremo do continente. Dali é possível chegar ao tão sonhado fim do mundo. São uns 30 minutos de travessia num mar que hora é indomável e hora uma lagoa: completamente imprevisível. O caminho até Ushuaia, nesse ponto, fica um pouco mais complicado. Obrigatoriamente você terá que passar por uma parte de território chileno (fazer processo de imigração duas vezes) e por ali não há muita estrutura de estradas, postos de gasolina, mercados... portanto, vá preparado. De volta ao território argentino, são poucas cidades que você encontrará pela frente, mas são bem estruturadas e você encontra de tudo, inclusive uma padaria com quitutes deliciosos chamada La Unión, na cidade de Tolhuim. Vale a pena fazer uma paradinha por lá.


Na terra do fogo você vai perceber que a paisagem e o clima mudam drasticamente. O que antes era uma reta sem fim, com pampas e clima seco do início ao fim, agora se transforma em montanhas lindíssimas, curvas e mais curvas, natureza exuberante e clima instável: muita chuva, sol e até neve podem te esperar pelo caminho (mesmo no verão). Você chegou ao fim do mundo! Ushuaia é uma cidade portuária e super turística que atende às mais diversas expectativas: você pode fazer passeios lindíssimos em meio à natureza, contemplar muita vida animal, curtir o agito da cidade ou até mesmo fazer uma excursão para a Antártida! Separe alguns dias para desfrutar desse lugar tão peculiar e vá preparado para as 4 estações do ano em um único dia.

De Ushuaia resolvemos seguir para o norte pelo lado chileno para visitar o tão comentado parque Torres del Paine. O que não sabíamos é que seria tão difícil encontrar um posto de combustível no caminho que fomos forçados a desviar para Punta Arenas antes de seguir (isso já depois de pegar a balsa de volta ao continente, não se pode passar por terra). Punta arenas é uma cidade grande e portuária e tem sua economia fortemente baseada na sua zona franca de comércio, onde se encontra de tudo com preços mais baixos do que os praticados no restante do país. Como esse não era o nosso foco, seguimos para Puerto Natales, a cidade base para quem quer visitar Torres de Paine.


O parque fica a uns 200 km da cidade, que é um charme e tem uma atmosfera super jovem, com diversos hostels, restaurantes, lavanderias e tudo que um viajante de aventura precisa. Essa foi uma das nossas cidades favoritas no Chile. Uma boa dica é sair de Puerto Natales com o tanque cheio e, se possível, um galão com combustível extra pois, além da distância a ser percorrida até a entrada do parque, lá dentro você terá que andar bastante até chegar nos principais pontos de caminhada.


Torres del Paine foi um dos pontos altos de nossa viagem e recomendamos muito que você o conheça. É um parque de trekking então suas principais atrações estão nas trilhas que percorrem todos os mais de 240 mil hectares de sua área. São trilhas dos mais variados níveis de dificuldades e que levam às paisagens mais incríveis que alguém possa imaginar. No entanto, se você não curte caminhar poderá desfrutar mesmo assim, pois há diversas opções de passeios a cavalo, de carro, de barco e até de helicóptero. Outra coisa importante de ressaltar é que dentro do parque você poderá gastar muito dinheiro ou quase nada, depende de quão preparado e disposto você estiver, então, tem diversão para todo mundo!

Depois de nossa imersão em Torres del Paine, caminhando muito por alguns dias, voltamos ao lado argentino da Patagônia para começar a nossa subida pela mítica Ruta 40. Iniciamos indo conhecer a famosa cidade de El Calafate e o glaciar Perito Moreno, um dos mais importantes do mundo. Aqui a estrada já é completamente diferente, segue beirando a Cordilheira dos Andes e revela paisagens espetaculares. El Calafate e Perito Moreno foram um pouco decepcionantes para nós, que preferimos um estilo de viagem um pouco mais selvagem. A cidade é totalmente voltada para o turismo e tem uma ótima estrutura de hotéis, lojas e restaurantes a preços bem salgados e o glaciar em si é muito bonito, mas perdeu seu aspecto natural uma vez que construíram passarelas ao longo do percurso para vê-lo. Tudo o que pudemos contemplar foram milhares de pessoas esperando com suas câmeras fotográficas para registrar o exato momento em que um grande bloco de gelo se desprende.


Já o outro lado do Parque Nacional de los Glaciares, que fica a alguns km dali, na cidadezinha de El Chaltén, é muito mais interessante. A cidade também é turística, mas com uma atmosfera bem diferente, cheia de jovens do mundo todo em busca de trilhas de trekking e de escalada no famoso monte Fitz Roy. Ali também é possível fazer caminhadas lindíssimas, portanto, separe alguns dias para apreciar esse lugar mágico.

Aqui o caminho se bifurca e o viajante terá que eleger um lado! Você poderá subir pelo lado chileno, pela famosa Carretera Austral (que começa ali em O’Higgins) ou poderá subir pelo lado Argentino, subindo pela Ruta 40. Nós escolhemos o lado argentino com uma dorzinha no coração por saber que a Carretera Austral também é lindíssima, mas infelizmente não se pode ter tudo na vida, esse trecho ficará para uma próxima viagem.


Todo o caminho pela Ruta 40 é de tirar o fôlego. Em alguns trechos pela beleza das paisagens e em outros por causa da poeira levantada pelas estradas de rípio que não te deixa respirar. Uma grande parte da famosa 40 está asfaltada, mas para acessar os pontos mais interessantes do caminho ainda é preciso percorrer muitos km no temido rípio, uma mistura de pedras e terra que maltrata o carro e faz uma tremenda sujeira. Mas vale a pena, pois é um lugar mais lindo que outro!

Nesse trecho, até chegar a Bariloche (e um pouco para cima também) existem os lagos, espalhados por quase toda a extensão da cordilheira e que são um espetáculo à parte. Água cristalina, com montanhas ao redor e muito sol e clima seco marcam essa zona tão especial do nosso país vizinho. Recomendamos ir conhecendo os lagos, explorando e acampando em cada cantinho desse trajeto maravilhoso. Gostamos especialmente de El Bolsón e Bariloche, que no verão se tornam cidades lindas e alegres, com muitos turistas aproveitando as águas tranquilas dos lagos e a beleza das montanhas.

De Bariloche migramos novamente para o Chile a fim de conhecer a região dos lagos e vulcões e descemos até Puerto Varas. Infelizmente chegamos lá justo na época das férias chilenas (fevereiro) e tudo estava extremamente cheio, mas deu para curtir as belezas e o charme dessas cidadezinhas de montanha. Vale a pena também desviar para a cordilheira e conhecer a região de Panguipulli, menos conhecida mas ainda mais linda, com muito verde e praias de lago super gostosas. Para quem gosta de clima de montanha e vida do campo, esse é o melhor lugar!

Essa foi a nossa experiência pela Patagônia, lugares inesquecíveis que certamente compuseram alguns do cenários mais bonitos que conhecemos.


Que tal programar a sua próxima viagem?

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