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Fronteiras - saiba tudo sobre como passar de um país a outro de carro. América do sul, central e do


Uma das coisas que sempre nos perguntam a respeito de nossa viagem é como funcionam as fronteiras e trâmites para entrar e sair de tantos países. Por isso resolvemos fazer esse post para ajudar a dissolver os mitos a respeito desse assunto, às vezes, um pouco nebuloso. A primeira coisa que você precisa saber é que, no geral, as fronteiras entre países são mais simples do que parecem. Pode ser um processo demorado, chato e até mesmo caro, mas no geral não tivemos dificuldades para passar de um país a outro com nosso carro. Basta ter todos os documentos e tudo funcionará bem. Sabendo disso, seguem algumas informações a respeito das fronteiras que passamos: Brasil/ Uruguay (Cidade por onde passamos - Chuí): essa fronteira foi muito tranquila. Do lado brasileiro não tivemos que apresentar nada. Nem tinha um controle fronteiriço, na verdade. Do lado uruguayo apenas os nossos documentos, que podem ser a carteira de identidade ou o passaporte, e o documento do carro. Para circular no Uruguay você precisa da Carta Verde, que nós fizemos no Brasil, em um posto de gasolina antes da fronteira.

Uruguay/ Argentina (cidade por onde passamos - Fray Bentos): outra fronteira muito fácil de passar, só precisamos apresentar nossos documentos e o documento do carro. Para circular na Argentina você também precisa da Carta Verde, pode ser a mesma que você usou no Uruguay.

Argentina/ Chile passamos por diversas fronteiras entre esses dois países enquanto fizemos nosso tour zigue-zague por ali. Foram 5 no total. Vá preparado para controles rigorosos de entrada de alimentos nos dois lados (entrar no Chile é sempre mais complicado, mas tivemos controles do lado argentino também), então vale a pena se programar para comer sua comida antes de chegar na fronteira. Se tiver alguma no seu carro, a dica é sempre declarar que você tem comida e deixar que os policiais te digam o que pode ou não entrar; assim você evita multas. Algumas fronteiras podem ser realmente demoradas, então saiba que provavelmente você enfrentará filas. Documentos necessários são apenas os básicos e no Chile a carta verde não é válida. Existe um seguro para o Chile mas não nos foi requerido como obrigatório.

Chile/ Bolívia (cidade por onde passamos - San Pedro de Atacama): a saída do Chile é feita ainda na cidade de São Pedro, antes de pegar a estrada que conduz ao lado boliviano. Essa fronteira também foi tranquila, no entanto o carro merece uma atenção especial, já que o documento que permite a circulação do veículo no país deve ser feito em outro lugar. Para saber tudo sobre esse trecho veja o nosso post sobre isso clicando aqui. Para fazer a permissão de circulação foi necessário apenas o documento do carro e o policial verificou a numeração do chassis no carro. Esse documento é devolvido na saída do país e sem ele o seu carro pode ser apreendido pela polícia, portanto fique atento! Aqui, a Carta Verde também é requerida e é a mesma que você usou na Argentina.

Bolívia/ Peru (cidade por onde passamos - Desaguadero) - a saída da Bolívia foi simples e nos exigiu apenas algumas cópias de documentos (tenha sempre algumas com você). Já a entrada no Peru foi um pouco mais complicada. Para circular no país você necessita do SOAT, um seguro obrigatório. Para entrar no país os oficiais da imigração nos exigiram esse papel e nós ainda não tínhamos feito o seguro. Consegui-lo nessa pequena cidade foi um verdadeiro desafio e nos exigiu muito jogo de cintura para desviar dos pedidos de propina por parte da polícia peruana. A dica aqui é tentar conseguir o SOAT em La Paz, antes de seguir para alguma pequena cidade fronteiriça. No Peru é difícil encontrar alguém que aceite vender esse seguro por um curto período, então talvez você tenha que gastar um pouco mais e contratá-lo por um ano. Outra regra importante que você precisa estar atento no Peru é que o carro não pode ficar nenhum dia a mais do que o prazo dado pela Polícia Aduaneira para sua permanência no país. Se isso acontecer, o carro será apreendido na aduana (esse prazo não é passível de prorrogação, por isso peça sempre o maior prazo possível ao entrar no país).

Peru/ Ecuador (cidade por onde passamos - Macara): fronteira bem tranquila, apenas tenha cuidado com os pernilongos, que são muitos! Documentação exigida foi apenas a básica e um seguro obrigatório, o SOAT (mas não é o mesmo que no Peru), que você faz em lojinhas na própria fronteira. Processo foi fácil e rápido.

Ecuador/ Colômbia (cidade por onde passamos - Tulcan): A entrada na Colômbia também foi simples, até aqui você pode usar apenas a cédula de identidade sem problemas. Não nos exigiram nenhum seguro obrigatório e o processo foi simples.

Colômbia/ Panamá (cidade por onde passamos - Portobelo): aqui o processo dependerá de como você chega, por ar ou por mar. A entrada no Panamá muitas vezes está vinculada a um comprovante de que você sairá do país, que pode ser uma passagem aérea, e também podem solicitar que você comprove que tem pelo menos U$500 para sua permanência no país. No nosso caso entramos por mar (atravessamos da Colômbia para o Panamá de veleiro, veja o post aqui) e tivemos que apresentar apenas uma reserva do vôo de saída. Existem casos em que é cobrada uma taxa de U$100 por pessoa para entrar, não aconteceu conosco. Para o carro, o processo é feito no porto, antes de retirá-lo do container. Com os papeis da empresa de transporte marítimo em mãos, você vai até dois escritórios aduaneiros diferentes para conseguir todos os papéis necessários para retirar seu carro no porto. Aqui deve-se ficar atento a qual escritório aduaneiro você será encaminhado, pois são vários dentro do porto e conseguir taxi por ali não é tarefa fácil. Aqui também é exigido um seguro obrigatório que recomendamos fazer antes de iniciar o processo de liberação do veículo. Essa foi a fronteira mais trabalhosa por se tratar de um transporte marítimo. Ah! A partir do Panamá a cédula de identidade já não é mais aceita e você precisará de seu passaporte.

Panamá/ Costa Rica (cidade por onde passamos - Sixaola): na América Central as fronteiras passaram a ser uma constante, pois os países são menores e a má notícia é que em todos eles você terá que pagar muitas taxas para entrar e sair! Na Costa Rica o processo consiste em apresentar os documentos, pagar as taxas, fazer o seguro do carro, tirar cópia de tudo e você estará pronto para entrar. Um pouco demorado, entrando e saindo de diferentes prédios.

Costa Rica/ Nicarágua (cidade por onde passamos - Penas Blancas): essa foi a fronteira mais complicada que pegamos. Não é problemática, mas você tem que passar por várias etapas, conseguindo carimbos e pagando taxas diferentes em cada uma delas. Vá preparado e com uma pequena dose de paciência, mas não achamos necessário pagar ninguém para nos ajudar (existem pessoas oferecendo esse serviço em quase todas as fronteiras, pode ser útil se você não fala espanhol).

Nicarágua/ Honduras (cidade por onde passamos - El Triunfo): uma das fronteiras mais fáceis, fizemos tudo super rápido e fomos muito bem atendidos. Sem filas, sem burocracias!

Honduras/ Guatemala (cidade por onde passamos - Chiquimula): aqui demoramos horas para entrar... Foi a pior fronteira que passamos. A grande questão é que você precisa pegar um papel para a permissão do carro e levá-lo ao banco para pagar uma taxa de entrada, no entanto o banco funciona em um período bem específico e, se você não está lá na hora certa terá que esperar o próximo turno. Além disso, toneladas de caminhoneiros fizeram a espera passar de duas horas na fila da aduana. Cópias de documentos também serão solicitadas.

Guatemala/ México (cidade por onde passamos - Tapachula): tivemos muito azar em nossa entrada no México! Chegamos ao país e as fronteiras com a Guatemala estavam fechadas por tempo indeterminado por conta de uma greve no país. Nesses casos não há o que fazer, o jeito é esperar! Em dois dias conseguimos passar e o processo foi relativamente simples, mas tem alguns fatores importantes. Para a entrada do carro você precisará fazer um depósito de U$200 a U$400, dependendo do ano de fabricação de seu carro, como garantia de que o veículo sairá do país com você. Esse depósito será devolvido na saída do país e pode ser pago em dinheiro ou cartão no banco oficial que fica dentro da oficina de migração. Havia bastante fila para fazer os trâmites, mas era bem organizado. Além desse depósito, você precisará pagar uma taxa de entrada no país por pessoa e pelo carro, esse valor não é ressarcido e também pode ser pago em dinheiro ou cartão. No momento da inspeção do veículo eles iráo colar um adesivo no parabrisas que só poderá ser retirado na saída do país (o adesivo não sai totalmente do vidro e fica aquela cola horrível que você tem que tirar com gasolina). Não foi exigido seguro obrigatório.

México/ Estados Unidos (cidade por onde passamos - Nogales): a famosa fronteira americana foi uma experiência interessante. A tensão típica que ela causa estava presente, mas fomos bem recebidos e bem tratados pelos policiais, após uma longa fila de espera. Fizeram uma inspeção no carro, confiscaram alguns alimentos e nos encaminharam para pagar a taxa de entrada no país (já tínhamos o visto, que foi feito no Brasil). Nos fizeram algumas perguntas básicas, mas nenhum interrogatório e nem pressão, foi tranquilo. Para o carro não é exigido nenhum papel ou seguro, apesar de eles recomendarem o seguro.

Estados Unidos/ Canadá (cidade que passamos - Blane): a fronteira mais simples e descomplicada, bastou apresentar o passaporte (visto feito antecipadamente no Brasil) e pronto! Não solicitaram nenhum documento para a entrada do carro. Dicas valiosas: Tenha sempre originais e cópias dos documentos em mãos; Evite levar comidas (normalmente não revistam o carro, exceto nos países que citamos acima, mas é melhor prevenir do que perder a comida); Chegue cedo pois o processo pode demorar mais que o esperado; Tenha moeda local dos dois países em mãos pois em muitos lugares são cobradas taxas de saída, cópias ou ainda pedágios e serviço de fumigação; Informe-se com antecedência sobre as regras de entrada e permanência em cada país para evitar surpresas que podem impedir a sua entrada ou atrasar o processo; Use o aplicativo iOverlander para conseguir informações atualizadas da fronteira pela qual pretende passar. Muitas vezes tem ali o passo a passo, valores cobrados e direções de onde fazer os seguros, etc. Se você tem novas informações atualize o post sobre isso no app; Uma dose de paciência e um sorriso no rosto abrem muitas portas. Esperamos que nosso post seja útil! Se gostou, compartilhe com seus amigos que estão planejando viajar por terra nas próximas férias.

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