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Diario de bordo 17 - 12 a 24 de abril - Fechamos o Peru com muitas emoções



Saímos da oficina mecânica felizes da vida por poder, finalmente, seguir viagem. Foram dias incríveis em Lima em que fomos cuidados com muito carinho pela querida Jenny, mas já estávamos sentindo falta da nossa casinha rodante e a liberdade da estrada. No entanto, quando fomos ao mercado abastecer a nossa despensa, tivemos uma surpresa...

Quando deixamos o carro na oficina esquecemos uma latinha de leite aberta na geladeira, que ficou desligada durante quase quinze dias e isso resultou num inconveniente bastante nojento: nossa geladeira ficou repleta de vermes! Eram milhares deles espalhados por tudo e tivemos um baita trabalho para limpar tudo. Digamos que a saída de Lima não foi exatamente como esperávamos.

Seguimos rumo às montanhas, com destino à cidade de Huaraz, onde queríamos visitar o Parque Nacional Huascaran e suas diversas atrações que pareciam lindíssimas. Logo na saída de Lima seguimos por uma estrada muito bonita, em meio a dunas gigantes à beira do Pacífico. Decidimos parar em um camping na metade do caminho pois já estava anoitecendo, depois de tomarmos uma multa por esquecer os faróis desligados.

No dia seguinte subimos novamente a cordilheira dos Andes e fomos a 4.000 m de altura, chegando finalmente a Huaraz. Ali precisávamos renovar o nosso seguro SOAT e isso se transformou em uma novela pois nenhuma loja queria vender o seguro pelo período de um mês. Depois de rodar a cidade toda encontramos uma loja que aceitou fazer o seguro para nós, no entanto só poderiam emiti-lo no dia seguinte. Abortamos o plano de seguir até Huascaran e dormimos à beira do riozinho da cidade para resolver tudo no dia seguinte pela manhã.

Acordamos cedo na esperança de resolver rapidamente a questão do SOAT, mas nos enganamos. Só conseguimos resolver a burocracia depois do horário de almoço e, ainda, não puderam nos entregar a apólice original, ficamos com uma cópia apenas para efeito de conferência... Mais um capítulo para a novela.

Enquanto isso, o Monstro começou a apresentar um barulho terrível em algumas trocas de marcha, algumas peças do rolamento não estavam boas. Decidimos então abortar de vez os planos de conhecer Huascaran e voltar para Lima para resolver isso. A ideia seria chegar em Lima no mesmo dia para resolver tudo o quanto antes, mas acabamos tendo que dormir em um posto no meio do caminho pois começou a anoitecer.

Novamente acordamos bem cedo para chegarmos em Lima a tempo de deixar o Monstro na oficina mas, na hora de liga-lo ele não deu sinais de vida. A bateria arriou! Mais um problema! Quando o auto elétrico chegou para nos socorrer, soubemos que o alternador não estava funcionando e não poderíamos seguir viagem. Planos abortados mais uma vez... Seguimos para o auto elétrico e lá passamos boa parte da nossa manhã até resolver o problema do alternador. Quando finalmente pudemos seguir viagem já era tarde demais para conseguirmos levar o Monstro para consertar a embreagem. Tudo isso já estava nos deixando estressados.

Chegamos em Lima em meio a um caos de trânsito, mas finalmente estávamos lá de volta. Agora não tínhamos muito o que fazer a não ser relaxar e esperar.

Mais uma vez a Jenny nos recebeu em sua casa com toda a paciência com esses visitantes atrapalhados, mas agora tínhamos um motivo a mais para curtir estar em Lima: o Plácido e seu irmão Roberto iam finalmente se encontrar. Os dois são irmãos por parte de pai, mas devido a grande diferença de idade, não se conheciam pessoalmente. O Bobby vive na Venezuela há muitos anos e os dois estavam esperando esse momento de se encontrarem. Foi muito legal poder estar mais próximos dele por alguns dias.

Enquanto curtimos mais uns dias em Lima aproveitamos essa vida em família, passeamos bastante e esperamos o Monstro ficar 100%, foram apenas uns rolamentos da embreagem que não se adaptaram bem às novas peças, ufa!

Depois de cinco dias chegou novamente a hora de partirmos de Lima e nos despedirmos dos nossos queridos Jenny e Bobby que, além de nos receberem, ainda nos deram vários presentes. Ficaremos com muita saudade mas a parte boa é que poderemos nos encontrar de novo em outros lugares pelo caminho. Resolvida a questão do carro, precisávamos pegar o bendito SOAT que, teoricamente, tinha sido enviado por correios para um escritório da seguradora em Lima.

Pura ilusão, o que pensamos que seria rápido demorou horas para ser resolvido e isso adiou mais uma vez a nossa partida. Parece que Lima nos estava agarrando! Dormimos em um lugar bem tranquilo perto da praia e saímos de madrugada para evitar o trânsito da cidade e FINALMENTE seguimos para o norte, mas agora sem planos de conhecer mais nada pois o nosso visto peruano já estava vencido há alguns dias. Deixaremos para conhecer o norte do Peru em uma outra oportunidade, por enquanto o que vimos foram estradas passando em meio a desertos intermináveis e cidadezinhas imersas em muita sujeira. Foi muito impressionante ver a falta de consciência das pessoas, que transformam o ambiente em que vivem num verdadeiro lixão.

Chegamos finalmente na fronteira do Equador, nos despedindo do Peru com um gostinho de quero mais, afinal, foram muitas emoções, lugares incríveis, pessoas muito gentis, visita de amigos, conhecer uma nova parte da família do Plá... Certamente o Peru foi um país inesquecível!

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