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Diário de bordo 14 - de 26 de fevereiro a 14 de março – Até logo Chile e Argentina, uma rápida visit

Passamos o meu aniversário em Mendoza com os nossos amigos do DeRose Method e depois partimos diretamente para o norte argentino, precisamente para as regiões de Salta e Jujuy para então encerrar a temporada Argentina e Chile no deserto do Atacama.


A Ruta 40 muda totalmente a partir de Cafayate, onde encontramos as famosas quebradas (formações rochosas feitas há milhões de anos) até o pequeno povoado de Cachi e em todo este percurso passamos pelas inúmeras fazendas de uva e pimentões. Conseguimos presenciar a secagem dos pimentões em uma dessas fazendas, realmente um cenário lindo com um tapete vermelho. Nas outras fazendas ainda não foram colhidos, o período entre plantar, colher, secar e moer dura em torno de cinco meses, entre outubro e março.


No meio do caminho uma peça que faz o velocímetro e quilometragem funcionarem quebrou e tivemos que passar pela grande cidade de Salta para tentar achar esta peça, mas não encontramos. Conversamos com um senhor que sabe tudo sobre Land Rover e nos disse que seria mais prudente tentar arrumar isso somente em Lima, onde é mais confiável e seguramente terá a peça. Até lá estamos contando através do GPS. Rumamos para Jujuy, também uma grande cidade onde expomos nossas mercadorias para serem vendidas. Nós vendemos camisetas do Livre Partida e redes para amarrar e deitar.


Na província de Jujuy nos divertimos muito com as montanhas coloridas que há nessa região, em Purmamrca e Humauaca, seguimos em direção à fronteira com o Chile, denominada Paso de Jama e encontramos, a princípio, um lugar perfeito para dormir, logo depois do povoado de Susques, a mais de 4.500 metros acima do nível do mar. Um lugar maravilhoso em meio às punas Andinas ao lado das Grandes Salinas Argentinas. Como estava Sol não nos preocupamos muito, mas quando a noite caiu o frio começou a aparecer e nós, dormindo na barraca desnudos, somente com um cobertor e um edredom quase morremos de hipotermia porque tranquilamente a temperatura chegou a ficar abaixo de zero. Lição aprendida, vai dormir no topo dos Andes? Esteja preparado para um frio de lascar!

Acordamos cedinho, comemos as nossas últimas frutas antes de passar pela fronteira (o Chile é muito rigoroso com o controle do que passa para o seu país) e nos jogamos para os braços incríveis do mundialmente famoso Deserto do Atacama, o deserto mais árido do mundo. E não é por menos que tanta gente o procura, ele é maravilhoso, do começo ao fim. Só o caminho entre a fronteira e a cidade de San Pedro do Atacama já é impressionante. Ficamos 5 dias e conhecemos o Salar de Tara, os Monges, Salar do Atacama, Ojos del Salar, Valle de la Luna, Cordilheira de Sal, Garganta del Diablo e os Geisers del Tatio. Lá conhecemos pessoas de vários lugares do planeta e a nossa despedida da temporada Chile e Argentina não poderia ser melhor. Fizemos um delicioso jantar com 10 overlanders (viajantes de carro), amigos que serão lembrados para sempre.

Seguimos para o nosso quinto país, a Bolívia, com a fronteira a mais de 4500 metros de altitude, em uma casinha bem simples em meio a visuais inacreditáveis. Passamos pela Laguna Esmeralda, Águas Termales e o belíssimo Salar de Uyuni. A entrada para a Bolívia é fácil mas pra quem vai de carro, após atravessar a fronteira precisa pegar uma permissão do automóvel 80km depois, sim é estranho, mas é o que deve ser feito. Paramos em um povoado chamado Villa Mar onde trocamos a nossa hospedagem por uma camiseta em um hostel em que todos os dias recebe muitos turistas. Em todos os dias essa região tem inúmeros turistas. Nesse hostel vendemos muitas camisetas para os moradores, é difícil ver coisas importadas por aqui então tudo o que vem de fora eles querem e amam futebol e o Neymar.


As estradas do sul da Bolívia, até a cidade de Uyuni são terríveis! Um alemão que conheci, que viajou a o tudo o que vem de fora eles querem.t{para os moradores, ouco mais de 200km. Mas tudo bem! Consegui trocar isso facilmente. CorÁfrica inteira, por dois anos, disse que nunca viu uma estrada tão ruim quanto essa. Pra você entender do que estamos falando, as borrachas dos dois amortecedores do Monstro (o nosso carro, um 4x4 poderoso) desgastaram totalmente em um pouco mais de 200km. Mas tudo bem! Consegui trocar isso facilmente.

Chegando ao maior salar do mundo, o Uyuni, não quisemos meter o Monstrão no sal e então contratamos os serviços de uma agência que nos fez esse passeio com um preço bem barato. Tem várias opções e vale muito a pena fazer. O prejuízo que teríamos depois com o carro talvez seria maior.


De Uyuni fomos em direção à La Paz, mas resolvemos dormir em um campo aberto, perto de uma pequena cidade, onde acordamos com um policial batendo na nossa porta, dizendo que não podíamos dormir alí porque era perigoso, que poderiam por fogo no nosso carro e logo depois veio pedir uma ¨contribuição¨, em outras palavras propina! Sim, o safadinho queria dinheiro! Como nós temos a cultura de não dar dinheiro, conseguimos sair de lá sem ser afetados pelas garras do policial corrupto. Saímos de lá e logo damos carona a um senhor que nos disse que aquela região não é perigosa e nunca aconteceu isso de colocarem fogo em coisas.

Partimos então com o objetivo de dirigir pela famosa Estrada da Morte, mas antes vivenciamos a grande cidade de La Paz, em mais de 4000 metros de altitude, com estreitas ruas íngremes e uma enorme quantidade de gente em meio a muita sujeira e caos. A cada rua que virávamos era uma emoção diferente. Aqui as pessoas dirigem muito mal. Pensávamos que já estávamos na estrada da morte. Foi difícil encontrar o caminho mas nós achamos e realmente foi incrível todo o passeio, com trechos que realmente dão a impressão de que iríamos cair no precipício. Mas saímos vitoriosos e seguimos no dia seguinte para o lago Titikaka para entrarmos no nosso sexto país, o Perú.

A Bolívia é um país que existe no topo da cordilheira dos Andes, cerca de 4000 metros a cima do nível do mar, é tudo muito barato, mas todos os bolivianos são muito pobres, desconfiados, mas ao mesmo tempo são muito bem humorados e carinhosos mesmo com as cidades sem muita higiene em que vivem. Os bolivianos preservam muito a sua cultura, com as mulheres vestidas tipicamente e todos conversando em Quechua (também falam espanhol mas o idioma mais usado ainda é o Quechua). Ninguém com quem eu conversei gosta do Evo Morales. Estes últimos dias resultaram em um incrível experiência. Que venham os próximos!


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