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Diário de bordo 6 - 15 a 22 de dezembro - o Uruguay

Depois de dois dias em Punta del Diablo seguimos viagem pelo litoral Uruguaio, rumo a Cabo Polônio, um parque nacional que muita gente nos disse ser imperdível. O acesso ao parque só pode ser feito pelo transporte que eles próprios oferecem, o que faz com que a entrada no parque seja um pouco cara. São $170 por pessoa mais $170 para deixar o carro no estacionamento. Mas resolvemos ir por se tratar de um lugar bem bonito e diferente. De fato, é um lugar bem bonito, com um vilarejo super simples e totalmente voltado aos turistas. A estrutura é básica e você encontra restaurantes, pequenos mercados e casebres. Lá também é um ponto de observação de lobos marinhos, que ficam aos montes nas pedras, tomando sol, brincando, fazendo uma barulheira. Foi interessante observá-los tão de perto. Uma dica importante: leve um agasalho pois, mesmo com sol, o vento é bem frio. Nós passamos muito frio, por isso avisamos.


Saindo de Cabo Polônio seguimos para dormir em La Pedrera, onde encontramos com um senhor que restaura Land Rovers antigos, há mais de 30 anos. Como não encontramos um lugar melhor para dormir, decidimos abrir a nossa barraca no quintal de duas casas à beira da estrada. Foi ótimo, no entanto logo cedo o dono da casa chegou e não gostou muito de nos ver ali... Saímos rapidinho! As praias por aqui são bem parecidas, pequenos vilarejos bem tranquilos e praias de areia grossa e mar azul escuro. As pedras e conchas também são frequentes e deixam as praias com um tom azulado. Decidimos passar uma boa parte do dia curtindo a praia e ficamos, literalmente, estendidos no sol até o meio da tarde, quando decidimos seguir para a próxima praia, La Paloma.

Chegamos por lá já no final do dia e curtimos um belíssimo por do sol. Aliás, esse é um dos pontos fortes do litoral Uruguaio, em todas as praias vimos lindos entardeceres. La Paloma é uma cidade um pouco mais estruturada e acabamos dormindo em uma espécie de bosque no meio da cidade, um lugar bem tranquilo e discreto, que também usamos para cozinhar e para o Plácido ensaiar. No dia seguinte, após quase ter acabado a nossa bateria do carro, por não tê-la carregado por dois dias e usando bastante para carregar computador e celular, choveu muito e acabamos passando o dia na função de nos abrigar. Almoçamos em uma casa de informações turísticas abandonada e acabamos indo para Punta del Este.

Fomos surpreendidos pelo tamanho e riqueza da cidade. Punta del Este é um destino turístico bem famoso e sabíamos que seria badalado, mas não esperávamos tanto! É uma cidade grande, com casas e prédios de altíssimo luxo, muitos cassinos, bares e restaurantes, o que fez com que ficássemos ainda mais atentos para não estourar o orçamento.

O Uruguai é um país pequeno, o segundo menor da América do Sul, com 3,5 milhões de habitantes, ou seja, pouquíssimas pessoas vivem lá, a não ser em Montevideo. É um país todo plano que possui um clima bem ameno e tem sua economia dolarizada, o que deixa os preços muito altos para os padrões sul-americanos, por isso nossa passagem por este país exigiu bastante esforço para não gastarmos demais. Assim, optamos por dormir dentro do carro, na rua na maior parte do tempo. Por ser um país seguro, não tivemos problemas com essa opção. O mais difícil tem sido encontrar chuveiros e acabamos tendo que pagar por um banho em algum hostel ou algo parecido.

Tem sido uma grande aventura procurar lugares para fazer comida, ir ao banheiro, dormir, conseguir água etc... Mas ao mesmo tempo isso tem nos ensinado que é possível gastar pouco mesmo nos lugares mais caros.

Ficamos em Punta del Este por três dias e aproveitamos o movimento da cidade para fazer uma apresentação musical do Plácido. Foi interessante ter essa primeira experiência como "artista de rua", já que uma das nossas opções para nos mantermos durante a viagem é justamente fazendo performances e vendendo nossas camisetas e CDs pelo caminho.

De lá fomos em direção à capital do país, Montevideu, onde tínhamos um encontro com o pessoal do Land Rover Club do Uruguai. Chegamos lá e fomos muito bem recebidos pelo pessoal, que se reunia para um típico churrasco uruguayo (nós, que não comemos carnes, ficamos ali só o observando e participando da conversa). Foi uma noite agradável, mas não tínhamos ideia de onde poderíamos ficar, já que estávamos chegando numa cidade grande que não conhecíamos. No fim, um dos amigos landeiros disse que poderíamos dormir tranquilamente na rua dele e foi o que fizemos, dormimos mais uma vez dentro do Monstro, em uma avenida bem movimentada e detalhe, foi o dia do aniversário da Mari e o único dia da nossa viagem, até agora, que ficamos sem tomar banho. Hehe

Na manhã seguinte ele nos descolou um banho e fomos, felizes da vida, conhecer a capital Uruguaia em um lindo domingo de sol. Aproveitamos o movimento nas ramblas para fazer mais apresentações e, no final do dia, um almoço ao ar livre em um dos parques da cidade. Montevideu é uma linda cidade, com muita vida ao ar livre, ruas amplas e uma atmosfera agradável. Gostamos bastante, mas estar em uma cidade grande acaba exigindo uma logística mais complicada para o estilo de viagem que estamos fazendo. Estar no campo nos dá mais liberdade para parar e "abrir o acampamento" em qualquer lugar.

Seguimos para Colônia del Sacramento e, por desinformação e falta de planejamento, nos enrolamos em encontrar um lugar para ficar e tomar banho. No fim, acabamos em um camping bem afastado da cidade, já quase anoitecendo, que nos cobrou bem caro e não tivemos outra escolha a não ser ficar. Estávamos rodando, perdidos, com pouco combustível, sem água estocada e sem banho tomado. Lição aprendida! Melhor estar sempre preparado para uma situação desconhecida para não ser obrigado a gastar mais do que o esperado.

Após uma noite e uma manhã de muita chuva nos preparamos para seguir para nossa última cidade do Uruguai: Fray Bentos, de onde passamos para a Argentina. Decidimos passar por essa cidade por ser uma fronteira através de uma ponte, assim evitamos ter que pegar o ferry, que é caro demais e nos custaria alguns dias de viagem a menos.


A vivência no nosso primeiro país foi muito boa, o que nos deu mais vontade de conhecer os próximos, agora com muito mais motivação e experiência.

Nosso próximo encontro será na Argentina, onde passaremos as festas de fim de ano e seguiremos rumo ao fim do mundo!

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