Quando nosso projeto de viagem começou, tratava-se apenas de uma vontade imensa de botar o pé na estrada e rodar livremente por aí, sem muito destino ou hora para voltar. O tempo foi passando, as ideias foram amadurecendo, conhecemos pessoas e histórias que nos influenciaram. Então, nossa viagem passou a ser uma proposta de volta ao mundo, com os nossos dedos passando pelo Mapa Mundi como se tudo fosse muito perto. No entanto, aquele embrião inicial de liberdade continua existindo. Montamos o nosso roteiro baseado em alguns outros que acompanhamos e também naqueles lugares que mais queremos conhecer durante a expedição, mas temos certeza que ele será alterado durante o percurso.
Encontraremos lugares incríveis, nos quais vamos querer passar um tempo maior. Passaremos por lugares ruins, dos quais vamos nos esforçar para sair rapidamente. Conheceremos pessoas que talvez nos façam querer ficar um bocadinho mais, ou simplesmente alteraremos nossa rota para encontrar um amigo que estará de passagem por uma cidadezinha mais ao leste. Não nos importa tanto a forma, o que queremos é poder vivenciar nossa experiência de forma plena. Por isso estamos abertos a indicações daquele “lugarzinho” lindo pelo qual um amigo passou certa vez, ou a mudar a rota por uma dica fantástica que surgiu com alguém conhecido no meio do caminho e até, por que não? Sermos obrigados a ficar um tempo maior naquela cidade onde conseguimos uma oportunidade de trabalhar e juntar mais uma graninha pra continuar a viagem.
Sendo assim, quando nos perguntam quando voltaremos, a resposta é “mais ou menos três anos e meio”. Mas o que vai acontecer nesse meio tempo só a estrada vai nos dizer.